terça-feira, 10 de março de 2015

Décimo Segundo dia (10/03/15) – Cuzco a Puno

Saímos de Cuzco por volta de sete e meia da manhã com destino a Puno, iniciando as filmagens com a câmera esportiva no capacete do Zé Maurício. Estava um dia bastante frio, porém o clima estava perfeito, com sol entre nuvens. A estrada é muito boa, margeia um rio muito bonito, mantem-se em uma altitude variando em torno de 4 mil metros e passa por belos vales e da metade para frente possui longas retas. No ponto mais alto da estrada, 4.300 metros, visualizamos vários montes com os cumes cobertos de neve. Paramos para almoçar em Juliaca, provavelmente a cidade mais bagunçada das américas. Ninguém respeita as leis de trânsito, não tem sinaleiras, praticamente não tem calçamento o que resulta num trânsito caótico. É muito suja e empoeirada. Em compensação pagamos R$4,00 por um almoço com entrada, prato principal, suco e sobremesa. Após o almoço, partimos para Puno, onde chegamos a tempo de nos instalar em um confortável hotel, trocar de roupa e fazer o passeio até as ilhas flutuantes do famoso lago Titikaka (conforme o guia, pronuncia-se lago titirrarra). Foi mais um passeio fantástico que vai ficar para sempre gravado em nossas memórias. 

Amanhã seguem as fotos.

Oitavo ao décimo primeiro dia (06 a 09/03/15) – Cuzco

Passamos quatro dias em Cuzco. A cidade é maravilhosa. Tem bons restaurantes, muitas atrações turísticas, como a Plaza de Armas e sua fantástica catedral. Os preços de alimentação e vestuário são muito honestos. Fizemos uma city tour onde visitamos vários parques arqueológicos no entorno da cidade e ficamos admirados com a capacidade de construção do povo Inca, sua cultura riquíssima e seus legados, como seus conhecimentos astronômicos, físicos, medicinais, entre outros. Vários aspectos da cidade nos chamaram a atenção, como a quantidade de mini carros em toda a cidade, a quantidade de taxis, o gosto do povo peruano pela buzina dos automóveis, da qual fazem uso constante. A localização geográfica da cidade, situada em um vale plano entre montanhas também nos chamou a atenção. O aeroporto é praticamente no centro da cidade. A visita a Machu Picchu merece um capítulo à parte: a viagem de trem é muito agradável, a subida de ônibus até o sítio arqueológico é fenomenal e dá um friozinho na barriga. O sítio em si dispensa comentários. É uma das maravilhas da humanidade. Saímos às 4 da manhã e retornamos às 21 horas, mas valeu a pena. A cidade de Águas Calientes, ao pé da reserva de Machu Picchu, não tem acesso por rodovia, apenas por trem. O último dia da nossa permanência em Cuzco foi destinado para descanso e manutenção das motos. Indicamos este passeio a todos e pretendemos voltar um dia.

                     Janela em formatos propícios para suportar abalos sísmicos. Tecnologia Inca

     Detalhe do encaixe perfeito das pedras usadas nas construções Inca Imperiais. Sem argamassa.

Nesta foto se pode ver construção típica espanhola aproveitando a base Inca 


                                                         Cuzco vista do alto



Mesa onde eram feitas as mumificações 

Vista panorâmica de Machu Picchu 

Lhamas aceitando petiscos nas mãos dos turistas 


               Pedra usada como relógio solar e também para medir as passagens de equinócio


                                  Imagem do imperador Inca na praça de Águas Calientes


                                     Montanha que circunda a cidade de Águas Calientes


                   Prato típico do Peru - Balanceada, com vejetais, proteínas e carboidratos

outra vista panorâmica de Machu Picchu


                                  Vista do rio que corre no vale abaixo de |Machu Picchu


                                            Vista da estrada que sobe a Machu Picchu


                   Chegada na estação de Águas Calientes - A caminho de Machu Picchu




domingo, 8 de março de 2015

Sétimo dia (06/03/15) - Mazuko (Peru) a Cuzco (Peru)

Este foi o melhor dia da viagem. Já iniciamos o dia subindo a cordilheira dos Andes, já que Mazuko está localizada do pé da Cordilheira. Passamos com todo cuidado pelas várias correntes de água que atravessam sobre a estrada, e fomos admirando a quantidade de água que desce das montanhas em forma de cachoeiras. Até aos mil metros de altitude não percebemos nenhuma diferença, mas a partir de Marcapata já começamos a sentir o efeito da altitude.Até chegar a Marcapata a estrada é extremamente sinuosa, que se tornou constante até a chegada em Cuzco. De Marcapata em diante, subimos mais aproximadamente mil metros de altitude, chegando aos 4.725 metros de altitude, onde encontramos a neve e uma temperatura baixa. Foi uma visão maravilhosa. Não nos demoramos porque já estávamos sentindo os efeitos da altitude. Um pouco adiante almoçamos em um vilarejo onde nos foi servido uma sopa quente e espaguete, por um preço irrisório de R$14,00 para quatro pessoas. Após o almoço chegamos a Cuzco, onde o trânsito é muito intenso. Não tivemos dificuldade na chegada ao hotel.

                             Várias cachoeiras descem das montanhas ao longo da estrada


            Os Vales entre as montanhas são repletos de construções típicas da arquitetura da região


 À medida que vamos subindo na estrada da cordilheira, a neve vai aparecendo...





Parada para almoço em um pequeno povoado andino 

Sexto dia (05/03/15) – Epitaciolândia (AC) até Mazuko (Peru)

Neste dia, logo na saída passsamos no lavajato para dar uma ducha nas motos que estavam muito sujas devido ao tráfego na chuva e à lama que estava na cidade de Brasiléia. Continuando a viagem neste dia pegamos muita chuva e calor. Depois de rodar por aproximadamente 100km, chegamos à fronteira com o Peru em Assis Brasil onde fizemos os trâmites para atravessar a fronteira e almoçamos também. Após atravessar a fronteira pegamos a melhor estrada percorrida até o momento: Carretera del Pacífico. Estrada excelente, muito bem conservada e sinalizada, devido ao fato de ser pedageada. Detalhe: motos não pagam pedágio. Nos deslocamos até Porto Maldonado onde fizemos o seguro SOAT e fizemos câmbio de dólares por Soles. Após estas providências, saímos de Porto Maldonado e pilotamos até Mazuko. Esta cidade fica logo após uma bonita serra pela qual passamos ao escurecer. Pena que não deu pra ver porque já estava de noite. Neste dia rodamos 530km.

                            Ficamos preocupados com a areia nas correntes das motos

Motos sendo lavadas 


Motos após a lavação 


No Hotel em Mazuko, as motos pernoitaram em frente aos quartos, no saguão de entrada do hotel.



Quinto dia (04/03/15) – Jaci Paraná (RO) até Epitaciolândia (AC)

Neste dia pegamos muitos trechos com chuva e calor intenso, o que nos desgastou bastante. Após pilotar várias horas a estrada acabou às margens do rio Madeira, onde pegamos a balsa e atravessamos. Encontramos com um comboio do nosso valoroso exército Brasileiro que estava levando mantimentos e ajuda emergencial para Rio Branco, devido ás inundações. Após desembarcar da balsa, rodamos até a cidade de Epitaciolãndia, que faz divisa com Brasiléia somente por uma ponte. Brasiléia acabara de ser arrasada pelas inundações do Rio Acre e a internet não havia sido reestabelecida na cidade. Neste dia rodamos 650km.

                                Travessia na BR364 sobre o Rio Acre, aqui só de Balsa


Atravessando o Rio Acre de Balsa

Comboio do nosso valoroso exército brasileiro prestando um serviço essencial de transporte e distribuição de mantimentos para as vítimas das enchentes em Rio Branco. Aqui, observando as nossas motos.

Entrando no Estado do Acre








Quarto dia (03/03/15) – Ji Paraná a Jaci paraná.

Iniciamos este dia com um pequeno desencontro. Para fugir do trânsito engarrafado da BR, Rogério passou pela via lateral sem que os demais integrantes notassem, seguindo à frente dos demais. Depois de um certo tempo, paramos para espera-lo. Como ele não aparecia, Maurício e Douglas resolveram voltar para procura-lo. Algum tempo depois nos encontramos novamente na estrada. Neste dia a corrente da moto do Maurício teve um problema e tivemos que parar em uma concessionária Honda em Ouro Preto do Oeste (RO), onde fomos atendidos com a máxima presteza. Entretanto eles não tinham as peças para nos fornecer e tivemos que seguir até Ariquemes, onde conseguimos trocar a corrente e um novo par de botas para o Douglas pois o antigo par soltou o solado. Devido a este problema mecânico, neste dia rodamos apenas 500km e dormimos em Jaci Paraná.

                  Atendimento nota 10 do pessoal da concessionária Honda de Ouro Preto do Oeste (RO)

Excelente almoço em Ariquemes - Prato gigante 


                                                   Chegando a Jaci Paraná



Terceiro dia (02/03/15) – Cáceres M(MT) a Ji-Paraná

Neste dia saíamos de Cáceres e logo passamos sobre a ponte do Rio Paraguai que estava transbordando. Todas as suas vazantes, que são pequenas pontes no decorrer da estrada estavam cheias e correntes. O Trecho foi de estrada boa, lisa, plana e com muita reta. Neste dia a viagem rendeu muito e rodamos 898,5km, parando para dormir em Ji-Paraná. Na chegada a esta cidade passamos no borracheiro pra ajustar a corrente da moto do Zé Maurício, e dormimos no Hotel Sul Real. Neste dia não atualizamos o blog porque depois de rodar 900km só queríamos saber de cama.

                      Ops. Problema na corrente. Ajustando na borracharia.


Colando o escudo dos Patos Selvagens nos postos de gasolina pelo caminho


domingo, 1 de março de 2015

Segundo dia - 01-03-15

Saímos de Mineiros (GO) por volta de 07:30 da manhã, debaixo de muita neblina, e seguimos até Rondonópolis com certa facilidade, por estradas boas. De Rondonópolis para Cuiabá, enfrentamos trânsito intenso de caminhões e alguns chuviscos. A estrada entre Rondonópolis e Cuiabá não é das melhores. Foram mais de 500km de muitos bitrens para ultrapassar. De Cuiabá para Cáceres, rodamos em uma ótima estrada, livre, com pouco trânsito e belas paisagens da Serra do Mangaval. Rodamos hoje 730km. Amanhã pretendemos chegar até Cacoal, em Rondônia. Foi um dia de muito calor mas também foi um dia produtivo. Hoje, ao entrar em uma lanchonete após abastecer a moto ouvi da balconista que me atendeu a pitoresca pergunta: "Ou, ceis é motoquêro?". Achei muito engraçado. Fiquei com vontade de responder que na verdade somos masoquistas que gostam de vestir pesadas roupas de cordura e botas de couro sempre que a temperatura passa dos 40 graus. Cada pergunta...

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Maurício descansando à sombra de um coqueiro após o almoço em algum lugar em Mato Grosso.

Visão da sacada do hotel na hora da saída, em Mineiros. Muita neblina

                      Todos prontos pra iniciar mais um dia de muitos quilômetros rodados


Muitos curiosos vão aparecendo pelo caminho nos postos onde paramos.